INOVAÇÕES METODOLÓGICAS NO ESTUDO DOS HOMICÍDIOS EM CIDADES LATINO-AMERICANAS: O CASO DE MONTEVIDÉU
Palavras-chave:
violência, contágio, drogas, ganguesResumo
Da mesma forma que os casos de uma doença contagiosa derivam uns dos outros (através do contato de pessoas infectadas com pessoas saudáveis), os homicídios inscritos em dinâmicas de acerto de contas e retaliação também se originam uns dos outros (embora seguindo um mecanismo de concatenação obviamente diferente do da transmissão de um patógeno). As possíveis analogias entre a proliferação de homicídios e a disseminação de doenças contagiosas têm sido reiteradamente apontadas na literatura criminológica. Este artigo utiliza essa analogia para tentar lançar luz sobre o fenômeno do recente aumento dos níveis de homicídios (historicamente baixos para o contexto latino-americano) na cidade de Montevidéu. No processo, o artigo introduz técnicas de análise de dados inéditas para o campo da Criminologia, provavelmente exemplificando seu uso pela primeira vez na língua espanhola.
Downloads
Referências
Anselin, Luc, Ibnu Syabri and Youngihn Kho (2006). GeoDa: An Introduction to Spatial Data Analysis. Geographical Analysis 38 (1), 5-22.
Athens, L. (1985). Character contests and violent criminal conduct: a critique. The Sociological Quarterly, volume 26. United States, JAI Press
Bailey, T. and Gatrell, A. 1995. Interactive spatial data analysis. London, Longman. Boots, B. & Getis, A. (1988). Point pattern analysis. Sage publications.
Chi, G. & Zhu, J. (2020). Spatial regression models for the social sciences. Los Angeles: SAGE.
Cliff, A. & Ord. K. (1981). Spatial processes: models and applications. London: PION.
Cohen, J., Tita, G. (1999). Diffusion in Homicide: Exploring a general method for detecting spatial Diffusion Processes. Journal of Quantitative Criminology 15 (4). Springer.
Daly, M. & Wilson, M. (2003). Homicidio. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.
Donnangelo, J. (2023a). Diagnosing the increase in Homicide in Montevideo. Unpublished dissertation. Cambridge University-UK.
Donnangelo, J. (2023b). El aumento de homicidios en Montevideo: innovando en su explicación. En Morás, Luis E. (Compilador), La Sociología Jurídica en Uruguay (pp. 59-86). Montevideo: Fundación de Cultura Universitaria.
Getis, A. and Boots, B. (1978). Models of spatial processes. Cambridge University Press.
Goffman, E. (1967). Interaction ritual: Essays on face to face behavior. New York: Doubleday.
Jacobs, B. & Wright, R. (2006). Street justice. Retaliation in the criminal underworld. New York: Cambridge University Press.
Knox, E. (1964). The detection of space time interactions. Applied Statistics, 13.
Levin, N. (2015). CrimeStat: A Spatial Statistics Program for the Analysis of Crime Incident Locations (v 4.02). Ned Levine & Associates, Houston, Texas, and the National Institute of Justice, Washington, D.C. August.
Luckenbill, D. (1977). Criminal homicide as a situated transaction. Social Problems 25.
Mantel, N. (1967). The detection of disease clustering and a generalized regression approach.
Cancer Research, 27.
Maxson, C., Gordon, M. and Klein, M. (1985). Differences between Gang and Nongang Homicides. Criminology 23.
Ministerio del Interior, Observatorio Nacional sobre violencia y criminalidad. (2023). Informe anual sobre Homicidios. https://www.minterior.gub.uy/observatorio/index.php/estadisticas
Odland, J. (1988). Spatial autocorrelation. Sage Publications.
Papachristos, A. (2009). Murder by Structure: Dominance Relations and the Social Structure of Gang Homicide. American Journal of Sociology, Vol. 115, No. 1
Waller, L., Gotway, C. (2004). Applied spatial statistics for Public Health data. Wiley.
