USI

DO FORMALISMO JURÍDICO AO PENSAMENTO CRÍTICO: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO JURÍDICA NA AMÉRICA LATINA

Autores

Palavras-chave:

educação jurídica, formalismo jurídico, pensamento crítico

Resumo

A análise dos contornos da educação jurídica na América Latina é o fio condutor deste texto. Para a realização desta análise, a partir de pesquisa bibliográfica sobre o tema, o estudo abrange, por um lado, o diagnóstico da crise da educação jurídica nesse contexto, marcado pelo distanciamento entre educação e realidade. Essa é uma das críticas direcionadas ao modelo tradicional, ancorado em uma abordagem formalista do Direito. Por outro lado, o estudo abarca a formação de um pensamento crítico que questiona os paradigmas tradicionais, engendrando novas perspectivas para a educação jurídica. Destaca-se que a Teoria dos Campos, cunhada por Pierre Bourdieu, foi utilizada como marco teórico-analítico para o desenvolvimento da pesquisa. Constata-se que o pensamento crítico apresenta potencial heurístico para forjar uma formação jurídica em diálogo com a realidade sócio- histórica, promovendo uma mudança na balança de poder e, por conseguinte, no perfil desse campo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gárdia Rodrigues da Silva Dantas, Universidade Federal Fluminense; Brasil

    Doctor en Sociología y Derecho por la Universidade Federal Fluminense (UFF - Brasil), con experiencia postdoctoral en Derecho en la Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (ULPGC - España). Servidor Público Federal (Brasil).

Referências

Aboites, Hugo. (2010). “La encrucijada de la universidad latino-americana”, Por una reforma radical de las universidades latino-americanas, Rosario, Homo Sapiens Ediciones.

Aguiar, Roberto A. R. de. (2004). Habilidades: ensino jurídico e contemporaneidade, Rio de Janeiro, DP&A.

Almeida, Frederico de y Souza, André Lucas Delgado y Camargo, Sarah Bria de. (2013).m“Direito e realidade: desafios para o ensino jurídico”, Ensino do direito em debate: reflexões a partir do 1° Seminário Ensino Jurídico e Formação Docente, São Paulo, Direito GV.

Bonilla Maldonado, Daniel. (2018). Abogados y justicia social: derecho de interés

público y clínicas jurídicas, Bogotá, Siglo del Hombre Editores, Universidad de los Andes, Instituto Pro Bono.

Bonilla Maldonado, Daniel. (2015). “La geopolítica del conocimiento jurídico: teoria y

práctica”, Geopolítica del conocimiento jurídico, Bogotá, Siglo del Hombre Editores, Universidad de los Andes.

Bonilla Maldonado, Daniel. (2012). “O Formalismo Jurídico, a Educação Jurídica e a Prática Profissional do Direito na América Latina”, Revista da Faculdade de Direito da UFG, Vol. 36, No. 02, pp. 101-134.

Bourdieu, Pierre. (2012). O poder simbólico, 16ª. ed., Rio de Janeiro, Bertrand Brasil. Bourdieu, Pierre. (2011). Homo academicus, Florianópolis, Editora da UFSC. Bourdieu, Pierre. (2009). O senso prático, Petrópolis, Vozes.

Bourdieu, Pierre. (2008). Razões Práticas: sobre a teoria da ação, 9ª. ed., Campinas, Papirus.

Bourdieu, Pierre y Passeron, Jean-Claude. (2011). A reprodução: Elementos para uma teoria de ensino, 7ª. ed., Petrópolis, Vozes.

Bourdieu, Pierre y Teubner, Gunter. (2000). La fuerza del derecho, Bogotá, Ediciones Uniandes.

Bringel, Breno y Bravo, Emiliano Maldonado y Varella, Renata Versiani Scott. (2016). “Pensamento Crítico Latino-americano, pesquisa militante e perspectivas subversivas do(s) direito(s): introdução ao dossiê”, Revista Direito e Práxis, Vol. 07, No. 13, pp. 1-20.

Camacho, Tania Milena Figueroa (2011). La Enseñanza del Derecho: más allá del formalismo, Bogotá, Universidad Nacional de Colombia.

Canclini, Néstor García. (2015). Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade, 4ª. ed., São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo.

Carvajal, Jorge (2013). “Dinámicas de la globalización hegemónica”, Crítica Jurídica na América Latin, Aguascalientes, CENEJUS.

Cerqueira, Daniel Torres y Fragale Filho, Roberto. (2007). “Apresentação”, O ensino jurídico em debate: o papel das disciplinas propedêuticas na formação jurídica. Campinas, Millennium.

Correas Vazquez, Oscar. (1995). Introducción a la sociología jurídica, Barcelona, Editorial Maria Jesus Bosch.

Costa, Sérgio. (2017). “A pesquisa sobre modernidade na América Latina”, Teoria sociológica contemporânea: autores e perspectivas, São Paulo, Annablume.

Domingues, José Maurício. (2014). Teorias sociológicas no século XX, 4ª. ed., Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.

Elias, Norbert. (1994). A sociedade dos indivíduos, Rio de Janeiro, Zahar.

Elias, Norbert y Scotson, John L. (2000). Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade, Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Falcão Neto, Joaquim de Arruda. (1977). “Crise da universidade e crise do ensino

jurídico”, A universidade e seus mitos, Recife, Universidade Federal de Pernambuco – PIMES.

Faria, José Eduardo. (1984). Sociologia jurídica: crise do direito e práxis política, Rio de Janeiro, Forense.

Faria, José Eduardo y Campilongo, Celso. (1991). A Sociologia Jurídica no Brasil, Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

Felix, Loussia Penha Musse. (2006). “O Projeto ALFA Tuning e a área de Direito: Competências como Eixo da Formação na Perspectiva Latino-Americana”, Notícia do Direito Brasileiro, No. 13, pp. 197-222.

Felix, Loussia Penha Musse (2001). “Da reinvenção do ensino jurídico: considerações

sobre a primeira década”, OAB Recomenda: um retrato dos cursos jurídicos,

Brasília, Conselho Federal da OAB.

Fonseca-Sandoval, Jose Daniel. (2018). “Colonialidad del saber jurídico y derecho neo- constitucional en Colombia”, Trans-pasando Fronteras, No. 11, pp. 45-81.

Garavito, César Rodríguez. (2011). “Un nuevo mapa para el pensamiento jurídico latino- americano”, El derecho en América Latina: un mapa para el pensamiento jurídico del siglo XXI, Buenos Aires, Siglo Veintiuno Editores.

Gustin, Miracy Barbosa de Sousa. (2004). “(Re)Pensando a Inserção da Universidade na

Sociedade Brasileira Atual”, Educando para os Direitos Humanos. Pautas Pedagógicas para a Cidadania na Universidade, Porto Alegre, Síntese.

Jourdain, Anne y Naulin, Sidonie. (2017). A teoria de Pierre Bourdieu e seus usos sociológicos, Petrópolis, Vozes.

Junqueira, Eliane Botelho. (1999). Faculdades de direito ou fábricas de ilusões?, Rio de Janeiro, IDES, Letra Capital.

Koselleck, Reinhart. (1999). Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês, Rio de Janeiro, Contraponto.

Koselleck, Reinhart. (1992). “Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos”,

Revista Estudos Históricos, Vol. 5, No. 10, pp. 134-146.

Lakatos, Eva Maria y Marconi, Marina de Andrade. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica, São Paulo, Atlas.

Lara, Jorge. (2011). “Prólogo”, América Latina y el Caribe: perspectivas de desarrollo y coincidencias para la transformación del estado, San José, FLACSO.

Lebaron, Frédéric. (2017). “Capital”, Vocabulário Bourdieu, Belo Horizonte, Autêntica. Leite, Maria Cecilia. (2014). Imagens da Justiça, currículo e educação jurídica, Porto

Alegre, Sulina.

Londoño Toro, Beatriz. (2015). Educación legal clínica y litigio estratégico en Iberoamérica,

Bogotá, Editorial Universidad del Rosario, Facultad de Jurisprudencia.

Lyra Filho, Roberto. (1981). Problemas atuais do ensino jurídico, Brasília, Editora Obreira.

Lyra Filho, Roberto. (1980a). O Direito que se ensina errado, Brasília, Centro Acadêmico de Direito da UnB.

Lyra Filho, Roberto. (1980b). Para um direito sem dogmas, Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

Machado, Antônio Alberto. (2009). Ensino jurídico e mudança social, 2ª. ed, São Paulo, Expressão Popular.

Melgarito, Alma. (2013). “Pluralismo Jurídico: Hacía una Teoría Constitucional Latino- americana”, Crítica Jurídica na América Latina, Aguascalientes, CENEJUS.

Mota, Sérgio Ricardo Ferreira. (2016). “Direito à educação, metodologia do ensino e suposta crise do ensino jurídico no Brasil”, Revista dos Tribunais, Vol. 105, No. 968, pp. 137-165.

Nogueira, Maria Alice. (2017). “Capital Cultural”, Vocabulário Bourdieu, Belo Horizonte, Autêntica.

Pôrto, Inês da Fonseca. (2000). Ensino jurídico, diálogos com a imaginação: construção do projeto didático no ensino jurídico, Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

Risso Ferrand, Martín. (2018). La enseñanza del Derecho vista desde el aula, Colección Estudios de Derecho y Ciencias Sociales, Montevideo, Universidad Católica del Uruguay, Facultad de Derecho.

Rodrigues, Horácio Wanderlei. (2005). Pensando o Ensino do Direito no Século XXI:diretrizes curriculares, projeto pedagógico e outras questões pertinentes, Florianópolis, Fundação Boiteux.

Rodrigues, Horácio Wanderlei. (2002). “Diretrizes Curriculares”, Ensino do Direito no Brasil: diretrizes curriculares e avaliação das condições de ensino, Florianópolis, Fundação Boiteux.

Saint Martin, Monique de. (2017). “Capital Simbólico”, Vocabulário Bourdieu, Belo Horizonte, Autêntica.

Santos, André Luiz Lopes dos. (2002). Ensino jurídico: uma abordagem político- educacional, Campinas, Edicamp.

Segrera, Francisco López. (2009). “Reflexiones en torno a la financiación actual y futura de las universidades a nivel mundial”, Avaliação, Vol. 14, No. 3, pp. 523-560.

Segrera, Francisco López. (2006). Escenarios mundiales de la educación superior: análisis global y estudios de caso, Buenos Aires, CLACSO.

Serrano, Francisco Javier Ibarra. (2013). “Presentación”, Educación y profesión jurídica:qué y quién detrás del Derecho, México, Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo (UMSNH), Red de Sociología Jurídica en América Latina y el Caribe.

Silva & Silva, Artenira da y Serra, Maiane Cibele de Mesquita. (2017). “Juristas ou técnicos legalistas? Reflexões sobre o ensino jurídico no Brasil”, Quaestio Iuris, Vol. 10, No. 04, pp. 2616-2636.

Sousa Junior, José Geraldo de. (2000). “Prefácio”, Ensino jurídico, diálogos com a imaginação: construção do projeto didático no ensino jurídico, Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

Streck, Lenio Luiz. (2014). Hermenêutica jurídica em crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito, 11ª. ed., Porto Alegre, Livraria do Advogado.

Torre Rangel, Jesus S. de la. (2010). Derecho y liberación: pluralismo jurídico y movimientos sociales, Bolivia, Editorial Verbo Divino.

Torre Rangel, Jesus S. de la. (1998). El derecho a tener derecho: ensayos sobre los derechos humanos no México, Aguascalientes, CIEMA.

Torre Rangel, Jesus S. de la. (1997). Sociología jurídica y uso alternativo del derecho,

Aguascalientes, Instituto Cultural de Aguascalientes.

Vandenberghe, Frédéric. (1999). “The real is relational: an epistemological analysis of

Pierre Bourdieu's generative structuralism”, Sociological Theory, Vol. 17, No. 1, pp 32-67.

Warat, Luis Alberto. (1995). Introdução ao Direito II: a epistemologia jurídica da modernidade, Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor.

Wolkmer, Antonio Carlos. (2015a). Introdução ao Pensamento Jurídico Crítico, 9ª. ed., São Paulo, Saraiva.

Wolkmer, Antonio Carlos. (2015b). Pluralismo Jurídico: Fundamentos de uma nova cultura no Direito, 4ª. ed., São Paulo, Saraiva.

Wolkmer, Antonio Carlos. (2013). “Prefácio”, Crítica Jurídica na América Latina,

Aguascalientes, CENEJUS.

Wolkmer, Antonio Carlos. (2009). “Filosofía del Derecho”, El pensamiento filosófico

latinoamericano, del Caribe y “latino” (1300-2000): história, corrientes, temas y filósofos, México, Siglo Veintiuno Editores, Centro de Cooperación Regional para la Educación de Adultos en América Latina y el Caribe.

Publicado

2025-08-31

Como Citar

DO FORMALISMO JURÍDICO AO PENSAMENTO CRÍTICO: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO JURÍDICA NA AMÉRICA LATINA. (2025). Revista Latinoamericana De Sociología Jurídica, 10, 171-191. https://ojs.usi.edu.ar/rlsj/article/view/125